Lugares turísticos da Zona Centro
A presença dos portugueses na Zambézia data de 1498, ano da expedição comandada por Vasco da Gama à caminho marítimo da Índia. O nome Zambézia provém de um decreto régio português de 1858. Com um vasto território multicultural, a província caracteriza-se por uma miscigenação da presença dos árabes-persas, portugueses e dos nativos. Após a conferência de Berlim de 1884-1885, surgem as companhias arrendatárias em substituição dos Prazos da Coroa e dos Estados Militares do Vale do Zambeze.
Devido a opressão aos povos nativos, surge a FRELIMO, em Junho de1962 desencadeando a luta de libertação nacional. A 25 de Junho de 1975, Moçambique proclamou a sua independência. Anos mais tarde surge a guerra civil entre a FRELIMO e a RENAMO que termina com a assinatura dos Acordos de Paz em Roma, a 4 de Outubro de 1992.
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Actualmente, a província da Zambézia em franco desenvolvimento, tem como principal desafio a melhoria das condições de vida da população por meio do incremento da rede sanitária, educacional, das vias de acesso e o crescimento das infraestruturas.
Culturas e Linguas
A diversidade linguística é uma das principais características da província da Zambézia. Dados do INE ( 2007) ilustram que 37.1% da população zambeziana fala o elomwe, 23.5% echuwabo, 9.2% português, 8.2% cisena, lolo/malolo 5.1%, e emakhuwa 2.0%.
A cultura da Zambézia é uma amálgama fruto do cruzamento da tradição africana, arabo- persa e portuguesa. Cada traço, em cada canto deste ponto de Moçambique, esta representada a miscigenação cultural que enfatiza diversos traços crioulos. As céleres donas zambezianas resultantes da implantação dos prazos da coroa portuguesa neste pedaço de chão salgado pelo Indico, transmitiram aos seus descendentes a saborosa culinária por meio da mistura da noz-moscada, o mumbuacu e salsa condimentos bantu-indu-luso. A língua portuguesa, mais enraizada na Zambézia, que nas restantes províncias do país é um traço marcante do arrendamento do território zambeziano, a Companhia da Zambézia de Paiva de Andrade e outras. A alegria, a extroversão do povo da Zambézia tornaram a província particular. Nesta página, conheça algumas das línguas mais faladas
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PORTUGUÊS
A língua portuguesa é fruto do processo de ocupação colonial. Por ser falada em quase todo território nacional, foi consagrada língua oficial. Em termos estatísticos, aproximadamente 9,2% da população zambeziana fala ou comunica-se por meio desta língua (ibidem)
Elomwe
O elomwe é a língua mais falada na província da Zambézia, com cerca de 37,1% de falantes (idem) maioritariamente nos distritos de Alto- Molocué, Gurué, Ilé, Namarroi, Pebane e Gilé
Echuwabo
Língua com aproximadamente 23,5% falantes a nível da província da Zambézia (idem), é a segunda língua mais falada nesta região. Este idioma tem maior expressão nos distritos de Quelimane, Namacurra, Inhassunge, Nicoadala e Mocuba
Cisena
Esta expressão linguística é falada por 8% da população da província da Zambézia (idem). São maioritariamente faladas nos distritos de Morrumbala, Mopeia e Luabo
As tradições na Zambézia incluem música, dança e artes performativas. Estas são expressão da profunda relação entre a sua população e as práticas religiosas e sociais reproduzidas diariamente.
A música em Zambézia por exemplo pode servir a varios propósitos que vão da expressão religiosa às cerimónias tradicionais. Os instrumentos musicais são geralmente feitos à mão. Alguns dos instrumentos utilizados na expressão musical zambeziana incluem tambores feitos de madeira e pele de animal.
Junto com as músicas, também as danças tem muita vezes um carácter ritual, tornando-se diferentes por cada tribo e de difícil compreensão e reprodução.
Pelo que se refere à escultura esta esta vem pela maioria produzida em Madeira. Famosa é a tradição de algumas comunidades do interior da Zambézia que utilizam máscaras com rostros de pessoas, usadas nas danças tradicionais. No entanto as esculturas de madeira representam em muitos casos “árvores genealógicas”, refigurastes a histórias da comunidade o de um grupo familiar.
Viajando pela Zambézia A diversidade cultural da província da Zambézia desenrola-se pela miscelânea tradicional dos chuabos, senas, lomues, marendjes e manhauas. Zambézia, província por excelência matrilinear é rica em recursos minerais, faunísticos, agrários e marinhos. Na Zambezia, pode-se conhecer a encantadora Lagoa Azul, a praia de Zalala bela e ladeada por imensas casuarinas, as águas termais e a cordilheira do monte Namuli.
· Em termos de crenças religiosas, a província da Zambézia é composta por 40% de católicos, evangélicos e pentecostes 10%, islâmicos 9,7%, ziones 8,6%, 1,1% de anglicanos. Sendo que, 16% não tem religião ou são desconhecidos. INE ( 2007).
No âmbito magico- religioso é prático a realização das cerimónias tradicionais denominadas Mukutho, em todos os níveis e eventos sociais. É ainda comum na Zambézia solicitar um feiticeiro (curandeiro) para se proteger, tratar uma doença , garantir a fidelidade de um marido ou uma esposa ou seduzir a sua amada. Do pequeno comerciante ao mais alto político, todos, pelo menos uma vez na vida, consultaram um feiticeiro e ninguém pensaria de duvidar da eficácia dessas práticas.
Na região zambeziana também vive um numero considerável de hindus e confucianos pela forte presença de indianos e chineses, sobretudo na Capital. Esta mistura de crenças torna a Zambézia uma região reconhecida pela sua tolerância religiosa.
“Dança das cobras” – Uma das manifestações artísticas mais famosas da província da Zambézia é a Enowa N’niketxe ou dança das cobras, que se caracteriza por um conjunto de homens e mulheres que realizam movimentos em forma de dança com cobras no pescoço e nas mãos. Os integrantes do grupo executam os seus movimentos de dança com cobras enroladas nos pescoços e braços. Esta dança fascinante é um legado do povo de Namarroi, transmitido de geração em geração. Antes da dança existe um ritual a ser seguido pelos dançarinos, obedecendo regras tais como: absterem-se do sexo uma semana antes e durante o evento, a alimentação das cobras escolhidas na mata é ovo e farinha e as cobras escolhidas deve ser mambas finas e verdes daquelas muito venenosas.
Depois de verificado estes aspectos preliminares, as cobras ficam hipnotizadas permitindo desse modo, aos dançarinos de poderem dançar com elas demonstrando os mais variados movimentos.
Este grupo folclórico já participou em muitos eventos culturais locais e nacionais destacando-se pela sua autenticidade e unicidade cultural que a caracteriza.
Carnaval de Quelimane – A Província da Zambézia é também conhecida como palco das celebrações carnavalescas em Moçambique. Este evento realiza-se entre os meses de Fevereiro e Março. O carnaval, um evento bastante apreciado pela sua forma exuberante na apresentação e no calor que empresta, torna-o numa das manifestações culturais mais importantes e celebrados na cidade de Quelimane.
Dança Niketxe –
Niketxe é uma manifestação cultural praticada por uma grande maioria da população da Alta Zambézia. Surge como um ritual ligado às cerimónias fúne.
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